"Custa a compreender". Boletins de voto das presidenciais podem incluir nomes de excluídos

A situação não é inédita, tendo já acontecido em eleições anteriores. Desta vez, os nomes em causa são os de Joana Amaral Dias, José Cardoso e Ricardo Sousa.

Joana Raposo Santos - RTP /
Foto: Lusa (arquivo)

Os boletins de voto das eleições presidenciais de 18 de janeiro poderão incluir nomes de candidatos que não estão na corrida, já que as suas candidaturas não foram validadas pelo Tribunal Constitucional.

André Wemans, da Comissão Nacional de Eleições (CNE), explicou à Antena 1 que os boletins de voto têm de ser impressos ainda antes da decisão final do tribunal, já que existem prazos legais para fazer chegar os boletins ao estrangeiro ou a locais onde se vote antecipadamente.

Segundo o porta-voz da CNE, esses prazos são sempre apertados e, para haver mudanças, estas terão de ser feitas na lei eleitoral.
Antena 1

Os nomes em causa são os de Joana Amaral Dias, José Cardoso e Ricardo Sousa, cujas candidaturas não foram validadas. Nalguns dos casos foram interpostos recursos que estão ainda a ser analisados."Custa a compreender"
O candidato presidencial apoiado pelo PCP, António Filipe, disse que "custa a compreender" a presença, no boletim de voto, de nomes de candidatos que não foram validados pelo Tribunal Constitucional.

Em declarações aos jornalistas esta segunda-feira, durante uma visita à Casa do Artista, em Lisboa, o comunista disse ser necessário evitar estas situações.

Também João Cotrim de Figueiredo, candidato com o apoio da Iniciativa Liberal, questionou não só esta situação, como os constrangimentos no direito ao voto dos portugueses que vivem no estrangeiro.

Luís Marques Mendes afirmou, por sua vez, que a situação é lamentável, falando mesmo em desleixo. O candidato falou aos jornalistas esta manhã em Castelo de Vide, no distrito de Portalegre.

No domingo, a candidatura presidencial de António José Seguro criticou igualmente a inclusão dos candidatos excluídos nos boletins porque pode "levar ao engano os eleitores", ponderando contestar esta decisão administrativa.
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